Menu fechado

Quem somos

A Rede de Estudos Rurais foi constituída a partir de um investimento coletivo, feito por estudiosas das mais diferenciadas formações disciplinares e teóricas. Essas pessoas, interligadas tematicamente tendo o “rural” como campo de investigação, no início do novo milênio, criaram um espaço próprio de reflexão. A Rede Rural tem como objetivo dar visibilidade à produção intelectual, análises e sistematização de tendências em curso no campo brasileiro.

Os estudos sobre a agricultura e o mundo rural no Brasil têm-se multiplicado nos últimos anos, em diversas instituições universitárias e em numerosos centros de pesquisa especializados. Entidades como a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (Sober), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), a Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS), a Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (Anpec), a Associação Nacional de História (Anpuh), a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade (ANPPAS), a Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), entre outras, têm se constituído em espaço de discussão desses temas, quer em grupos de trabalho, quer em mesas redondas ou painéis. No entanto, se a inserção naquelas instituições tem representado um aspecto extremamente positivo, no sentido de estimular o diálogo entre os estudiosos de temáticas referentes ao rural e aqueles dos demais campos temáticos das Ciências Sociais, ela, no entanto, não tem sido suficiente.

Assim, cresceu a demanda por um espaço específico de intercâmbio e diálogo que, sem excluir os existentes, permite o aprofundamento temático das discussões e das problemáticas pertinentes. Surgiu, a partir de um grupo de pesquisadoras, a proposta de criar um espaço de caráter interdisciplinar e interinstitucional, com um modelo flexível, sensível às questões emergentes no debate nacional, capaz, inclusive, de sinalizar a importância de outros temas menos abordados, evitando a cristalização de grupos de pesquisa previamente recortados.

Mediante a composição de uma coordenação provisória, constituída por Delma Pessanha Neves (PPGA/UFF), Leonilde Sérvolo de Medeiros (CPDA/UFRRJ), Maria de Nazareth Baudel Wanderley (UFPE) e Sônia Maria Pessoa Pereira Bergamasco (Feagri/Unicamp), foi realizado o I Encontro da Rede de Estudos Rurais, na Universidade Federal Fluminense, em 2006.

Na assembleia desse primeiro encontro, foram criadas as bases e os princípios de institucionalização da Rede de Estudos Rurais e eleita a primeira diretoria, para mandado entre 2006 e 2008.

Decidiu-se, na mesma assembleia, a realização de mais dois encontros sucessivos e anuais. Posteriormente, os Encontros Nacionais passaram a ter periodicidade bianual.

A Rede de Estudos Rurais, após longo processo de investimento das diretorias no sentido de vencer as exigências regulamentares, galgou, em 2009, existência oficial.

Nesse processo de criação e constituição, foram construídos alguns consensos sobre princípios que orientam a Rede de Estudos Rurais:

• ter um caráter interdisciplinar e interinstitucional, buscando envolver profissionais das mais diferentes áreas disciplinares (Sociologia, Antropologia, Ciência Política, Economia, História, Agronomia, Geografia, Comunicação Social, Serviço Social etc.) e inserção institucional universidades, centros de pesquisa, setores governamentais formuladores de políticas públicas, movimentos sociais, organizações não-governamentais, instituições sindicais, cooperativas e associações);

• envolver interessados com diferentes níveis de formação: desde estudantes que estão dando seus primeiros passos na pesquisa acadêmica até profissionais reconhecidos e com vasta experiência acadêmica;

• buscar um formato metodológico para os grupos de trabalho que não seja o de aceitação generalizada de trabalhos, inviabilizando a discussão dos estudos apresentados, mas que também não seja elitizado;

• lançar mão de uma combinação de reuniões presenciais e espaços virtuais, estimulando o debate no intervalo entre as reuniões, com salas virtuais de discussão, circulação de informações, produção de textos. Até o momento a rede tem atuado em especial pela distribuição de boletins regulares e por meio de seu facebook. ter o formato de uma associação, cuja sobrevivência esteja assegurada pela contribuição dos sócios.

• buscar financiamento para os encontros nas instituições de fomento nacionais e internacionais.