Estimados redeiros e redeiras vinculados à Rede de Estudos Rurais,
Nós, que integramos a diretoria da Rede de Estudos Rurais, viemos a público manifestar nossa profunda indignação em relação a notícia de que as universidades públicas federais, com destaque para UnB, UFBA e UFF, sofreram cortes profundos em seus orçamentos como medida punitiva por acolherem em suas dependências manifestações de caráter político, uma vez que a justificativa formal, do desempenho acadêmico, não se sustenta nos dados das respectivas Universidades. Se na ditadura civil-militar o silêncio era obtido sob perseguição e tortura, presenciamos atualmente um governo com características autoritárias que utiliza a asfixia financeira como método para alcançar o mesmo propósito.
Este corte no orçamento, associado aos ataques aos cursos na área de humanas (Sociologia e Filosofia), ao desconhecimento em relação às atividades de pesquisa, extensão e ensino desenvolvidos nas universidades públicas, aliado ao desmonte dos conselhos participativos entre outras manifestação e medidas tomadas em tão pouco tempo de governo, exigem uma reação contundente de modo a evitar a repetição de períodos sombrios que a história registrou.
Em todos estes momentos os espaços de livre pensamento e liberdade de expressão, a exemplo das Universidades Públicas, estiveram prioritariamente no alvo. É necessário reagir, divulgar e esclarecer a comunidade em geral. Conclamos para um movimento de ampla divulgação em defesa da Universidade Pública.
Ver Matéria – Revista Forum
Ministro da Educação corta 30% das verbas da UnB, UFF e UFBA por permissão de atos políticos
Segundo Abraham Weintraub, universidades têm permitido eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.
O ministro da Educação de Jair Bolsonaro, Abraham Weintrab determinou o corte de pelo menos 30% dos recursos da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA) por terem permitido que ocorressem atos políticos – classificados por ele como “balbúrdia” – em seus campi.
“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse Weintrab em reportagem de Renata Agostini, na edição desta terça-feira (30) do jornal O Estado de S.Paulo.